Conteudo.fun nasceu com um objetivo bem específico: trazer conteúdo cheio de experiências e práticas que ousem quebras regras para trazer resultados.
Novas perguntas sempre terão respostas diferentes. É nisso que acreditamos. No marketing, infelizmente, as pessoas normalmente querem responder ao novo com o velho.
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Quando você se depara com um novo framework, ele já está datado. Por mais que faça sentido, você precisa adaptá-lo às necessidades da sua empresa e do seu público.
Por isso, você não deveria ter medo de quebrar regras. Na verdade, elas nem mesmo existem.
Vamos analisar alguns pontos que normalmente são sagrados para muita gente e que você pode pecar sem pedir perdão à noite.
Experiência é experiência
Se eu dissesse a você que deixar um copo cair no chão é perigoso, você levaria meu conselho a sério?
Provavelmente.
É isso que devemos fazer com a maior parte das dicas e regras de SEO e Conteúdo.
Elas são experiências de grandes vozes do nosso mercado. Descartá-las não é ter um espírito inovador, mas apenas tolice.
Por outro lado, se você estiver em um colchão, não há nenhum problema em derrubar um copo vazio de vidro. A realidade foi modificada. E quando a realidade muda, nossas crenças também deveriam ser alteradas.
Entretanto, as regras são tidas pela maioria como algo fixo. Como um livro de regras de alguma religião, você pecou.
Por isso é tão difícil fazer análises sem estar dentro de um determinado escopo de trabalho. Você seguirá regras.
Por vezes, meu trabalho era fazer análises de SEO de empresas que seriam abordadas pelo comercial. Precisava usar meu arsenal de ‘regras’ para dizer o que estava errado.
Internamente, entretanto, eu sabia que algumas regras poderiam ser quebradas por vários motivos. Pior ainda era saber que vários executivos de vendas atacavam pontos de seus futuros clientes sem nenhum contexto.
Por isso, a ideia aqui não é atacar as ideias consideradas como regras, mas entender que você pode fazer o que quiser, desde que saiba o que está fazendo.
"Você pode fazer o que quiser, desde que saiba o que está fazendo. Você não irá ao inferno por quebrar algumas regras de Marketing de Conteúdo ou SEO". Click To TweetNão, você não irá ao inferno.
Buyer Personas
Personas fazem parte do essencial em um planejamento de marketing estratégico.
Quando bem realizado, o processo garante que as estratégias reflitam os compradores, não o que o time de marketing, ou mesmo os demais times imaginem que agradarão os clientes.
Entretanto, em muitas empresas, o processo acaba aí. Então, quando aparece uma ideia de conteúdo ou mesmo uma feature, ela é barrada por não atender aos interesses da persona.
As personas não podem ser consideradas como fim em si mesmo. Acredito que nenhuma decisão deveria ser tomada por causa das personas. Ao contrário, as decisões estratégicas deveriam ser refinadas com seu uso.
"Acredito que nenhuma decisão deveria ser tomada por causa das personas. Ao contrário, as decisões estratégicas deveriam ser refinadas com seu uso". Click To TweetCaso contrário, o conteúdo passa a ser cada vez mais robotizado e mais parecido, parecendo que há um roteiro pré-definido.
Por mais que tenhamos um estudo relevante em personas, não dá para acreditar que todas os compradores (ou audiência) terá o mesmo comportamento. Aliás, já estamos chegando à conclusão de que o comportamento entre as pessoas são completamente distintos.
Nesse caso, o maior erro acontece quando os blogs, YT ou mesmo redes sociais aparecem para um público que é semifictício.
Quando a empresa escreve sobre os pontos que são relevantes para uma determinada audiência, o público se interessará, mesmo que inicialmente esteja fora da persona.
Aliás, as pessoas não se abrem de verdade em entrevistas (sejam qualitativas, sejam quantitativas). Seus verdadeiros medos e aspirações ficam de fora. Isso é apenas uma visão racional das coisas.
"Ao fixar em informações presentes em pesquisas, perdemos um universo grande de informações que as pessoas não informam em entrevistas ou pesquisas". Click To TweetEm vários casos, quando você pergunta ao público quais são os tópicos interessantes para eles, aparecem pontos que fogem da definição da persona.
Além disso, hoje podemos ter dados em tempo real sobre comportamento, engajamento e necessidades. Por isso, é possível ter dados mais frescos sempre que quisermos.
Você trabalha nesses tópicos ou não?
Em um texto futuro, você terá acesso a uma discussão ampla sobre personas.
Calendário editorial
Lembro-me de uma vez que estava prestando consultoria para uma empresa de eletrônicos. Uma grande feira internacional, importante para eles, estava acontecendo. Ela era notícia no Brasil inteiro. Mas não mencionaram em lugar nenhum.
O motivo para isso era não ter lugar no calendário editorial. Não há dúvidas de que o calendário editorial é importante. Entretanto, ele serve como guia para que você se planeje e, principalmente, consiga entregar os conteúdos importantes para a evolução da história que você quer contar.
Entretanto, seu próprio calendário precisa ter flexibilidade para colocar itens urgentes ou mais relevantes à frente. Falar sobre um assunto evergreen duas semanas depois do previsto não fará nenhum mal.
Mas perder uma oportunidade única de liderar seu público é um pecado imperdoável. Às vezes, ficar preso à regra é o maior pecado. Bote seu joelho no chão.

Declaração de missão editorial
O pessoal da Content Marketing Institute diz que a Declaração de Missão Editorial é:
“Uma declaração de missão editorial documentada dá direção à sua equipe de conteúdo – aponta quem, o quê e o porquê de seu trabalho. E, se compartilhado publicamente, comunica aos leitores em potencial sobre o que é o seu conteúdo”.
CMI, Ann Gynn
Ann chega a dizer que “conteúdo que não é apoiado por uma declaração de missão editorial é como um navio sem bússola”.
Por outro lado, Schaefer, costuma dizer que ele “nem sabe o que é isso”, menosprezando a necessidade de criar uma.
Como o CMI diz, a missão editorial aponta quem, o quê e o porquê do conteúdo ser criado. É uma estrutura válida e relevante. Mas, penso que o peso dado é maior que o devido.
Várias empresas não precisam começar com uma Missão Editorial. É comum que essa missão seja construída com o tempo, sendo refinada não pelos desejos mais profundos da empresa, mas pelas necessidades mais perenes das pessoas que participam.
Falamos um pouco disso no artigo sobre o porquê da pessoa ou da empresa.
Para o público em geral, esse tipo de conteúdo tende a não ser relevante. Conteúdo com uma história clara é visto em cada post, vídeo e compartilhamento, não em um documento formal.
Caudas e cabeças
Às vezes escolhemos, mesmo sem intenção, construir um conteúdo menos vibrante para que ele seja “otimizado para SEO”.
Embora você possa conseguir o que deseja, as demais métricas podem não ser atingidas.
Se você troca envolvimento por tráfego, receberá o que deseja, tráfego.
Por outro lado, quando você foca no envolvimento, consegue, justamente, envolvimento. Em longo prazo, porém, ele pode dar a você mais tráfego.
Quando se trata de marketing de conteúdo, é comum que várias empresas melhores seu posicionamento conseguindo vários bons backlinks pela viralização do conteúdo. Com isso, o conteúdo e os demais relacionados melhoram o posicionamento.
Se precisar decidir entre a ousadia e inovação, e um conteúdo 100% otimizado, prefira a primeira opção.
Lembre-se de que o foco é ter uma pessoa que interaja e ame o que está lendo. Não faz sentido ter tráfego e as pessoas saírem logo em seguida.
Entretanto, é possível na maioria dos casos usar a criatividade para fazer ambos.
Título
Dizem que o título precisa ter uma quantidade de pixel para que não seja cortado no Google. Mas, às vezes, você quer fazer isso. Pode aumentar a curiosidade.
Além disso, nem sempre você quer a estrutura de: [x]: o que é, como implementar, melhores práticas.
Então, quando preciso, tenha um título para o usuário em formato de <h1> e outro <title> para cabeçalho no navegador e motores de busca.
Em ambos, dê valor para a curiosidade e criatividade.
Quebre algumas regras de marketing de conteúdo
A ideia deste texto não é excluir os documentos, estratégias e fluxos que você já construiu na sua empresa.
Mas, se em algum momento você precisar fugir do script para atender demandas ou necessidades da sua audiência, vá em frente.
Nunca é demais dizer que os pontos acima são importantes. Mas tenha uma visão aberta e flexível o suficiente para trilhar caminhos diferentes sempre que sentir a necessidade.
Você pode voltar ao mesmo rumo.
Como produtor de conteúdo, ao final, você ainda precisará surpreender as pessoas. E é muito mais difícil e complexo obedecendo regras que todos obedecem.
Por fim, vale também ressaltar que a diferença entre uma estratégia que não funciona, a engessada e a vitoriosa, é a dose.
A última tem tudo planejado, mas sabe bem o motivo de cometer as transgressões.
Nesse caso, elas levam ao céu.