A Coca-cola é uma referência em Marketing e Conteúdo, não é mesmo? Entenda agora tudo que faz dela um grande sucesso.

Conteúdo “Líquido e Vinculado”

A Coca-Cola usou o termo “Liquid and Linked” para descrever sua estratégia de conteúdo emergente na época.

Coca-Cola cria uma quantidade muito vasta de conteúdo durante todo ano. No natal, por exemplo, você mesmo deve ser de diversas histórias, desde propagandas até os carros de luz que iluminam várias cidades.

Várias agências projetam essas histórias de várias formas – às vezes um aplicativo móvel, às vezes um ótimo anúncio de televisão, às vezes um vídeo viral, etc. Mas, embora cada uma dessas histórias tenha sua individualidade, elas também estão entrelaçadas.

Jonathan, no vídeo acima, explicou que essas histórias são semelhantes a moléculas em um copo de Coca-Cola. Cada molécula é uma parte distinta do conteúdo, mas eles também estão ligados entre si. Há unidade, e a estratégia de conteúdo age como um “vidro” dando forma a todo o esforço.

Trata-se de encontrar um equilíbrio entre controle e desordem. É sobre o seu conteúdo ser “líquido” serpenteando em torno de mídias, permitindo que ele seja compartilhado e até mesmo alterado ao longo do caminho – e mantendo seu conteúdo “vinculado” por um conceito consistente.

A maior lição que podemos tirar disso é que por mais que as mídias em que as pessoas estejam conectadas sejam distintas, uma mesma história deve ser contada.

É pensar em storytelling em um escopo ainda maior. Cada história é apenas capítulo de uma história ainda maior.

Conteúdo relevante

Não dá para ser exemplo de Marketing de Conteúdo sem ser relevante. Nesse caso, todos os aspectos devem ser considerados, como objetivos comerciais, marca e, principalmente, os interesses do público.

Por isso, a mensagem deve fazer parte da missão e valores da empresa.

Um bom marketing engaja

Por mais que você conte bem histórias, o público é perito nisso. Dele, saem as histórias reais que deixam uma marca vívida.

É a sensação de felicidade que um avô tem ao comprar a Coca-Cola todo final de semana para esperar seu neto. E a alegria do neto em estar presente em família.

Então, o objetivo da Coca-Cola é fazer com que as pessoas conversem, compartilhem e marquem pessoas para continuar a conversa.

E com tantas informações sobre as histórias dos usuários, você acaba tendo dados para fazer conteúdos ainda mais relevantes.

Por isso, pode-se dizer que a distribuição do conteúdo é capaz de aumentar o alcance das mensagens, mas, antes, elas precisam cumprir com seu objetivo prévio.

Nesse caso, para nós, precisamos nos perguntar como o nosso conteúdo despertará emoções e sentimentos em outras pessoas, fazendo-as engajarem ainda mais com nossos conteúdos e publicações.

Adicione dinamismo

Você pode ter uma estratégia no estilo filme ou no estilo novela. No primeiro caso, por mais que a história não esteja repercutindo tão bem, seus feedbacks não poderão ser considerados, já que a obra já está acabada. Você viu a versão final.

No caso das novelas, normalmente, elas interagem com a aceitação do público e da crítica. Então, os autores são capazes de alterarem a trama dinamicamente.

A proposta da Coca é parecida com uma novela. Embora a história maior seja mais restrita, as pessoas ajudam que Coca a conte da melhor maneira possível em seus capítulos.

Então, use todos os dados que você tem à disposição para fazer com que as histórias tenham ainda mais a cara do seu público.

O princípio 70/20/10

Na década passada, Coca-Cola usou esse princípio para realizar seus investimentos em Marketing de Conteúdo.

Funcionava da seguinte forma:

• 70% do seu conteúdo é de baixo risco. É conhecido por ser de fácil criação (consome 50% dos recursos);
• 20% da criação de conteúdo é inovadora. Por outro lado, consome 25%. É de médio risco.
• 10% do marketing de conteúdo são ideias de alto risco. Elas consomem também 25% (ou seja, são difíceis). São momentos para arriscar e trazer novas discussões.

A grande lição para nosso Marketing é saber como e quanto arriscar. Quem fica apenas no fácil não consegue criar histórias profundas nem antecipar tendências.

Por outro lado, quem arrisca mais do que deveria pode contar histórias em que público não está preparado para recebê-las. Em alguns casos, isso pode trazer danos à marca por má interpretação.

O princípio, embora não seja algo fixo, mostra que uma estratégia de Marketing de Conteúdo deve pensar fora do óbvio, mas na proporção correta.

Se o espaço não é seu, você pode ser despejado

Quem já morou de aluguel sabe, a qualquer momento você pode ser convidado a se retirar. Ou o valor pode subir mais do que você gostaria.

Da mesma forma, a Coca notou o quanto é difícil contar histórias profundas, líquidas, compartilháveis e dinâmicas com apenas 30 segundos na TV.

Ela precisava ter um espaço próprio.

Por mais que as redes sociais (e até mesmo SEO!) sejam alugadas, você ainda tem algum controle sobre o que acontece. 

Assim, você contará suas histórias no tempo, na forma e na maneira que desejar.

Marketing de Conteúdo: mais que blog

Ao pensar em Marketing de Conteúdo, a maior parte das pessoas pensa em blog. Mas, no caso de Coca-Cola, pouco é feito em forma textual. Para seu público, as histórias precisam ser vívidas, ricas e, normalmente, em vídeo.

No Youtube, na parte de vídeos mais vistos, o vídeo com maior quantidade de visualizações tem 157 mi e o menor 59mi.

Novos vídeos são adicionados com frequência.

Dessa forma, para fazer Marketing de Conteúdo, você não precisa de uma mídia específica ou de um manual para seguir. Precisa se conectar com seu público, ouvi-lo e obter lucro dessa interação.

Isso sim é Marketing de Conteúdo!

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