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AUTOR

WILLIAN PORTO

ESPECIALSITA EM MARKETING

Trabalhei mais de 17 anos com SEO. Experiência em diversas mídias e aficionado por marketing, canais e, principalmente com Conteúdo.
Descubra comigo como fazer conteúdo útil, relevante e itneressante para seu usuário.

Mídia tradicional e Marketing de Conteúdo: como usar a falta de confiança a seu favor

Não há mais dúvidas: embora a TV aberta ainda continue importante, ela não tem o mesmo poder de antes.

Parte da população já ignora o jornalismo

Veja que o brasil tem a maior parcela da população que decidiu por si mesmo ignorar o jornalismo tradicional.

News Avoidance – 2022

Podemos pensar em vários problemas que levaram à crise da imprensa (e relataremos alguns deles abaixo), mas o mais importante aqui é entender os fenômenos e os comportamentos ligados a esse novo público.

A confiança do brasileiro no jornalismo também está em queda livre:

 Digital News Report, do Reuters Institute

Entretanto, longe estamos de não consumirmos notícias ou discutirmos política. Como conversamos, as pessoas deixaram o modo passivo para se dedicarem ao ativo na Internet.

Com isso, os principais efeitos de ser passivo em qualquer relação é a perda gradual de interesse e confiança.

Por que o jornalismo está em crise?

De acordo com o Observatório da Imprensa:

O erro está no papel da imprensa, que em vez de questionar esse tipo de postura marqueteira, ou pelo menos identificar os interesses ocultos, simplesmente passou a publicar tudo o que recebia como informação, desde que fosse fornecido por fontes respeitáveis. A confiabilidade de dados e fatos deixou de estar atrelada a uma checagem jornalística para ficar pendente do status da fonte. Os jornais, revistas e telejornais se preocuparam mais com os formadores de opinião e tomadores de decisões do que com o público, que foi aos poucos perdendo a confiança naquilo que lhe era oferecido como sendo a verdade dos fatos”.

Observatório da Imprensa

O trecho em questão é muito relevante para o Marketing, inclusive por usar o termo “marketeiro”. Não é difícil encontrar relatos e vídeos que tentam comprovar como a imprensa ajudou a manipular a opinião popular e até mesmo eleições democráticas.

Vídeo sobre como Lula supostamente foi prejudicado em 1989 pela Globo em pleito contra Collor.

Sem entrar no mérito político, o ponto é que as pessoas aos poucos começam a associar interesses alheios ao jornalismo em uma determinada notícia.

De acordo com trecho, a confiabilidade perdeu espaço no jornalismo, uma vez que uma fonte confiável passasse a informação.

E isso nos leva justamente ao ponto mais relevante de contato com Marketing e, mais precisamente, com Marketing de Conteúdo.

Como não fazer Marketing de Conteúdo?

O exemplo televisivo é relevante para compreendemos o que não fazer na comunicação empresarial.

Outra parte do mesmo artigo do Observatório da Imprensa diz:

A solução para esse problema não está em tecnologias mais sofisticadas, mas na revisão das estratégias editoriais que priorizam os interesses das fontes e das empresas jornalísticas. O jornalismo tem no seu DNA a prestação de serviços ao público, e é aí que ele pode encontrar novas fórmulas de relacionamento com leitores, ouvintes, telespectadores e internautas.

Observatório da Imprensa

O principal ponto para se perder uma audiência ao longo do tempo é perder sua credibilidade. Como aconteceu com o jornalismo na TV, as pessoas sempre percebem que há interesses ocultos nas falas e comunicações de quem diz informar.

O futuro do jornal nós não sabemos. Mas podemos levar a comunicação da sua empresa para outro estágio, não é mesmo?

E isso acontece muito no Marketing.

Qual é o limite entre informar e advogar em causa própria?

Será que um dono de uma agência de SEO, ao dizer que você deveria investir em SEO, defende aquilo que ama ou defende aquilo que trará retorno financeiro a ele?

"Será que um dono de uma agência de SEO, ao dizer que você deveria investir em SEO, defende aquilo que ama ou defende aquilo que trará retorno financeiro a ele?" Click To Tweet

Embora exista uma linha tênue entre a paixão e o interesse próprio, devemos deixar claro em nossos conteúdos os limites existentes.

Dificilmente haverá um serviço que seja tão bom que deva ser executado por todas empresas. É bem raro ter estratégias que, independentemente do setor, serão uma bala de prata.

"Dificilmente haverá um serviço que seja tão bom que deva ser executado por todas empresas. É bem raro ter estratégias que, independentemente do setor, serão uma bala de prata". Click To Tweet

A mídia tradicional nos ensina justamente que a falta de transparência é o grande inimigo, ao longo do tempo, a um serviço de informação e entretenimento de valor.

Por isso, deixe suas causas de lado ao produzir conteúdo (ou o máximo possível). Mais uma vez, as causas do seu público são mais importantes que as suas.

Trazê-las direta ou indiretamente faz com que toda sua estratégia em gerar valor seja discutida internamente. Isso é uma dica ou uma isca. Não deixe que as pessoas tenham essa sensação.

"Isso é uma dica ou uma isca? Esse é um dos questionamentos que mais levam à perda de confiança em uma marca. Evite que essa pergunta aconteça a todo custo". Click To Tweet

Como usar a queda de confiança na mídia tradicional a seu favor?

Há 13 anos Joe Pullizi disse:

“As organizações de marketing agora estão percebendo que podem criar conteúdo cuja qualidade é igual ou melhor do que muitas empresas de mídia estão produzindo. Além disso, eles estão vendo que podem oferecer benefícios tangíveis para clientes em potencial e clientes, oferecendo conteúdo relevante que ajuda a produzir soluções para alguns dos problemas mais difíceis que seus compradores em potencial enfrentam.

Ao fornecer conteúdo vital e relevante para seu mercado-alvo, você começará a assumir um papel importante na vida de seus clientes. Isso se aplica às suas comunicações online, impressas e pessoais. E esse é o mesmo papel que jornais, revistas, TV, rádio, conferências, workshops e sites da Web desempenharam no passado. Agora é hora de sua organização desempenhar esse papel.”

Joe Pulizzi, em Tenha Conteúdo, Tenha Clientes

Antes, o mercado editorial estava muito longe das empresas. Como uma confiança ainda alta, era mais relevante alguma estratégia para aparecer na mídia a produzir por si só a informação.

Hoje, acontece justamente o modelo contrário. Os jornais e programas de TV deixaram de pautar e começaram a serem pautados.

Na infância da Web, as notícias repercutiam nos meios digitais. Agora, o que acontece na Internet aparece na TV.

O conteúdo deixou de ser fabricado por empresas específicas. Agora todos nós produzimos. Com pouco investimento, é possível que um portal como este apareça para milhares de pessoas.

Mas, para isso, é fundamental contar com a confiança. Depois de 13 anos, Joe voltou a dizer:

“O ponto é o seguinte: os meios de comunicação tradicionais não têm mais a confiança ou os recursos financeiros para competir com as fontes de mídia corporativa, fornecendo às empresas de
todos os tamanhos com oportunidades incríveis para construir confiança com sua marca, conectar-se com seu público e criar uma comunidade de consumidores fiéis”.

Joe, Epic Content Marketing

O ativo mais importante que você construirá com Marketing de Conteúdo é ter uma confiança crescente com um público específico.

Com confiança, pode-se encontrar maneiras de rentabilizar determinado projeto. Sem ela, suas receitas sempre cairão.

Voltemos ao exemplo de um dono de agência de SEO. Ao entender que para um nicho específico seu serviço não é interessante, ele pode para manter a confiança:

  • fazer parcerias com quem, de fato, pode ajudar e tem um bom serviço;
  • incorporar o serviço relevante em seu portifólio;
  • ou simplesmente informar que para aquele caso ele não é a melhor opção.

Tratamos isso com mais detalhes aqui:

Nem sempre você será quem atenderá melhor àquela pessoa. E agora?

Como fazer Marketing de Confiança?

Para fazer Marketing de Confiança você precisará, de fato, gerar confiança. Isso só acontece quando, de fato, a audiência está em primeiro lugar.

Como mídia alternativa, você cobrirá os assuntos pertinentes à sua declaração editorial (aquilo que você se propõe a cobrir). Faça uma cobertura honesta, encare os fatos como eles são. Não colora preto e branco. Não tire a cor do colorido que não interessa a você.

É mais interessante, em longo prazo, se mover aos produtos que sua audiência deseja que você tenha do que tentar convencê-los a adotar suas estratégias e serviços.

"É mais interessante, em longo prazo, se mover aos produtos que sua audiência deseja que você tenha do que tentar convencê-los a adotar suas estratégias e serviços". Click To Tweet

Colocar pessoas em primeiro lugar também significa mudar de posição quando ela se mostra incorreta, falha ou mesmo incompleta.

Da mesma forma que as pessoas mudam de ideia, sua comunicação também pode.

Se você deseja atingir a liderança do pensamento de determinada indústria precisa, de fato, ajudá-la a atingir o que precisa, mesmo quando o que eles precisaram não for você.

"Se você deseja atingir a liderança do pensamento de determinada indústria precisa, de fato, ajudá-la a atingir o que precisa, mesmo quando o que eles precisaram não for você". Click To Tweet

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