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AUTOR

WILLIAN PORTO

ESPECIALSITA EM MARKETING

Trabalhei mais de 17 anos com SEO. Experiência em diversas mídias e aficionado por marketing, canais e, principalmente com Conteúdo.
Descubra comigo como fazer conteúdo útil, relevante e itneressante para seu usuário.

A trilogia do Marketing de Conteúdo: seu storytelling tem uma história maior?

Harry Poter foi um dos primeiros filmes que eu vi no cinema. Ao terminar a Pedra Filosofal, estava em êxtase.

Mas, mesmo com apenas 9 anos sabia de duas coisas: aquela história era completa. Tinha início, meio e fim. Mas ela fazia parte de um todo muito maior. Eu não conseguiria acessar no momento. Mas queria muito fazê-lo.

Na verdade, faz mais sentido chamar Harry Potter de saga, já que não foram apenas 3 livros ou filmes. Entretanto, não importa quantos sejam. O que vamos falar é do fenômeno de conectar histórias completas em um mundo muito maior, coeso e bonito.

O todo é o que importa

Recentemente, comprei para minha filha um quebra cabeça que tinha 4 imagens. Dividimos as partes em família. Mas o que todos queriam ver, ao final, eram todas juntas.

Infelizmente, pouco vemos isso em Marketing de Conteúdo. É mais comum do que muitos imaginam ter figuras que não conversam entre si.

Imagens não relacionadas não montam uma história. Apenas um monstro. Por isso, o primeiro passo em qualquer estratégia de conteúdo deveria ser a História. A grande história.

Ao terminar A Pedra Filosofal, queremos saber o que ocorrerá com Voldemort e qual o destino final do pequeno Harry.

Isso é o que importa.

Qualquer um dos livros só faz real sentido quando completa. Eles fazem parte do todo.

O papel das pequenas histórias

Se, por um lado, as grandes histórias são o que mais importa, por outro, não devemos menosprezar as pequenas.

Elas contam parte importante do processo e, mais do que isso, envolvem, emocionam e guiam o público para a História.

Embora você não saiba tudo sobre Harry Potter ao ler A Pedra Filosofal, você lê ou assiste algo que tem início, meio e fim.

Dessa forma, são pontos de partido fundamentais para conseguir convencer a pessoa a continuar pelo caminho da aventura.

São as grandes histórias que convertem

A grande expectativa de lucro de qualquer empresa que use Conteúdo não deveria ser com as pequenas histórias, mas com a grande.

Por mais que alguém goste de A Câmara Secreta, o que essas pessoas realmente gostam é da grande história que envolvem não só os personagens, mas a si mesmas.

Por isso, as pequenas histórias têm o papel de preparar e estimular as pessoas para dar um passo maior rumo ao autoconhecimento. Ainda que você faça pequenas histórias brilhantes, é a evolução da grande que muda o cenário do jogo.

Grandes histórias não levam à exaustão

Nesse caso a dualidade é ter histórias tão profundas e impactantes que ninguém jamais as dominará enquanto dá munições suficientes para que a pessoa ache ter um grande conhecimento sobre o assunto.

Pense em Machado de Assis. Por mais que vamos falar apenas de um livro, todos parecem ter uma opinião sobre Capitu em Dom Casmurro. Ainda assim, por mais óbvio que possa parecer, o livro domina a todos com um conhecimento inatingível aos meros mortais.

Capitu, de Dom Casmurro, traiu ou não seu marido?

Na ausência de profundidade na história, você pode ter até um grande pico de pessoas interessadas. Mas, tão rápido encontrarem o que desejam, também irão embora.

Então, entregue muito sem entregar tudo.

Sempre precisa ficar algo para ser desvendado em um próximo capítulo. Uma nova temática precisa ser abordada.

Sempre gere expectativa!

Como conectar histórias?

Em primeiro lugar, vale a pena pensar que histórias não são só conectadas, mas já são geradas pensando na grande história.

J. K. Rowling não criou histórias separadas e depois tentou conectá-las. Ao contrário, todas nasceram como parte de algo maior.

Ainda que as partes sejam codependentes, elas precisam ser completas. Não é tarefa fácil terminar um capítulo, insinuando que a próxima aventura dará maior clareza sobre tudo quanto se deseja saber.

Por isso, todo seu conteúdo precisa ser estrategicamente pensado na história maior. Veja agora como fazer isso.

Veja um storytelling como uma parte do todo

Felizmente, storytellings estão na moda. Falamos sobre como podemos contar histórias o tempo todo.

O próximo passo é justamente saber que essa história faz parte da maior.

Pensando em essência

É fundamental pensar em essência quando pensamos em histórias completas e complexas. Escrevi sobre isso no LinkedIn:

A integração de canais é o ponto mais relevante aqui. Uma mesma pessoa espera ter conteúdos distintos em todas as redes em que elas estão. É papel do seu time entender o que elas esperam da sua marca em cada canal.

Por exemplo, os conteúdos mais densos normalmente ficam para o Youtube (vídeo) e para o blog (texto + vídeo).

Entretanto, além do formato do conteúdo, precisamos pensar nessa grande história ao fazer o planajamento.

Como um meme no Instagram se conecta com tudo que estou contando? Ele está se conectado? Por várias vezes, a tentativa de surfar em um hype apenas confunde seu público, diluindo toda mensagem que você deseja passar nos demais canais.

Como um meme no Instagram se conecta com tudo que estou contando? Ele está se conectado? Por várias vezes, a tentativa de surfar em um hype apenas confunde seu público, diluindo toda mensagem que você deseja passar nos demais canais. Click To Tweet

Como esquecer as Horcruxs de Valdemort? Elas são:


Um objeto criado por meio das Artes das Trevas que guarda um pedaço da alma do bruxo que a criou. Para partir sua alma, o bruxo deve cometer um ato que desafie a natureza, algo que corrompa a ordem natural das coisas, que seja capaz de mutilar a alma de seu ser: assassinar um ser humano.

Horcrux | Harry Potter Wiki | Fandom

Aquele que não deve ser nomeado para continuar vivo, dividiu sua própria essência. Em tudo aquilo, ele estava.

Em diversos objetivos, mas mesma essência

Como na história, as marcas também podem dividir sua essência em situações distintas. Também de forma parecida, isso diminui a chance de morte. Diversificar é fundamental. Mas ter seu coração em cada parte é ainda mais importante.

As marcas também podem dividir sua essência em situações distintas. Também de forma parecida, isso diminui a chance de morte. Diversificar é fundamental. Mas ter seu coração em cada parte é ainda mais importante. Click To Tweet

Quais são as aplicações práticas?

Pensar em grandes histórias têm várias aplicações. Veja:

Conecte toda comunicação da empresa

Você só terá sucesso se tiver uma narrativa que é comprada internamente. Seus colaboradores conseguem entender, de forma cara, o que sua empresa faz, qual o diferencial e o posicionamento de mercado? Qualquer pessoa responderia em menos de 1 minuto?

Conheço vários casos de pessoas que tiveram uma experiência tão ruim em um processo seletivo que, além de perder um possível colaborador, acaba perdendo o cliente.

Aqui, o ponto é que toda comunicação empresarial precisa ser conectada, incluindo seus colaboradores. Além do endomarketing, conecte a experiência do marketing, com vendas, suporte e trade marketing.

Aqui, o ponto é que toda comunicação empresarial precisa ser conectada, incluindo seus colaboradores. Além do endomarketing, conecte a experiência do marketing, com vendas, suporte e trade marketing. Click To Tweet

Onde quer que alguém se conecte com sua empresa, uma experiência próxima precisa ser fornecida.

CTAs precisam envolver a história completa

Por mais que seu objetivo seja comercial, sua conexão entre os ativos precisa mostrar evolução na grande história.

Por exemplo: “Conheça como nosso time pode ajudá-lo a superar os desafios XXX e melhorar YYY”.

é muito melhor que:
“Fale agora com nosso time de vendas e adquira nosso XXXX e aumente seu ticket médio”.

Faça flashbacks quando necessário

Dê a oportunidade que as pessoas voltem em partes anteriores (como acontece no cinema e na literatura, nem sempre a ordem de publicação reflete a ordem temporal da história).

Use tanto resumos quanto links internos para dar coesão à jornada que a pessoa está fazendo na história.

Deixe que as pessoas montem a história

Diferentemente da literatura, as Histórias em Conteúdo não precisam ter um fim. Grandes marcas criam um continuum na mente das pessoas. De forma com que elas continuam fazendo parte do dia a dia do seu público.

Aparentemente, a história nunca acaba.

O personagem principal é sempre a pessoa

Não caia na armadilha de posicionar sua empresa como herói ou heroína. Ela não é. Via de regra, estamos contando a história do seu cliente. Nós somos Dumbledore, não Potter.

Ao ver ou ler Harry Potter, nos colocamos no lugar dele. A aventura que ele tem também é a nossa. É o mesmo que fazemos em nosso conteúdo. A pessoa precisa se identificar em cada linha e entender que temos algo precioso para ela.

Pensando nisso, veja como é possível fazer histórias que encantem seu público.

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